terça-feira, 26 de abril de 2011

O HOMEM NUNCA PODE ESQUECER DE DEUS

Ricardinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou:

- Pai, tô com fome!!!
O pai, Agenor , sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência....
- Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu tô com muita fome, pai!!!
Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente....
Ao entrar dirige-se a um homem no balcão:
- Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!!!
Amaro , o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho...
Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF (Prato Feito) - arroz, feijão, bife e ovo...
Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua...
Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá......
Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada...
A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades...
Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:
- Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?!?!
Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer...
Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho...
Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas...
Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório...
Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de
pequenos 'biscates aqui e acolá', mas que há 2 meses não recebia nada...
Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias...
Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho...
Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um novo homem sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso...
Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores...
No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho...
Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando...
Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele
chamava-o para ajudar aquela pessoa...
E, ele não se enganou - durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres...
Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar...
Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta...
Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula.....
Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros , advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro...
Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o 'antigo funcionário' tão elegante em seu primeiro terno...
Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço...
Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho , o agora nutricionista Ricardo Baptista...
Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um...
Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que a mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido...
Ricardinho , o filho mandou gravar na frente da casa “CASA DO CAMINHOS”, que seu pai fundou com tanto carinho:

'Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço.. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma.. E, que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!!!'
(História verídica)


Que Deus te abençoe poderosamente lhe concedendo o dom da fé e da caridade. Fazer obras de caridade não nos garante a salvação, isso é nossa obrigação como cristãos.

TODA HONRA, TODA GLÓRIA E TODO O LOUVOR PERTENCEM A DEUS. AMÉM

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Oração à Liberdade

A ORAÇÃO DA LIBERDADE!

Mais uma vez tenho que repetir que sou grato a George Verwer, fundador da Operação Mobilização, que me ensinou e me explicou como realmente fazer e colocar em prática uma oração que influenciou muito a minha vida.

Confesso que ainda hoje faço essa oração, e meditar nela me ajuda muito no meu caminhar com o Senhor.

“Ó Jesus, manso e humilde de coração, ouve-me.
Livra-me, Jesus,
do desejo de ser estimado,
do desejo de ser amado,
do desejo de ser exaltado,
do desejo de ser honrado,
do desejo de ser louvado,
do desejo de ser preferido a outros,
do desejo de ser consultado,
do desejo de ser aprovado,

do medo de ser humilhado,
do medo de ser desprezado,
do medo de ser repreendido,
do medo de ser esquecido,
do medo de ser ridicularizado,
do medo de ser prejudicado,
do medo de ser alvo de suspeitas.

E, Jesus, concede-me a graça de desejar
que outros possam ser mais amados que eu,
que outros possam ser mais estimados que eu,
que na opinião do mundo outros possam crescer e eu diminuir,
que outros possam ser escolhidos e eu posto de parte,
que outros possam ser louvados e eu passe despercebido,
que outros possam ser preferidos a mim em tudo,
que outros possam tornar-se mais santos do que eu, contanto que
eu me torne tão santo quanto devo ser.”

Ninguém parece saber o nome da pessoa que escreveu essa oração, mas ela fala de uma vida que todos os discípulos de Cristo precisam experimentar.

Se nós orássemos assim, sinceramente, todos os dias, estou certo de que o Espírito Santo transformaria de um modo maravilhoso as nossas vidas.

Só quero tocar em alguns pontos da oração para que você perceba a sua profundidade.

Ela começa assim: “Senhor, livra-me do desejo de ser estimado”. Todos nós temos um desejo inato de sermos estimados. Por mais insignificantes que sejamos, queremos ser apreciados. Quer sejamos extrovertidos ou introvertidos, muitas vezes desejamos de uma foram bem egoísta a atenção dos outros só para nós.

A outra grande cilada que gostaria de citar é o “desejo de ser exaltado”. Podemos definir “exaltar” como lisonjear ou louvar. Como apreciamos isso! Mas para dar fruto, o cristão tem de morrer para si mesmo. Não procure ser levantado, submerja-se. Isso pode ser posto em prática todas as vezes que não repararem em nós ou não reconhecerem os nossos feitos.

E o que dizer do “desejo de ser honrado”? Corremos um grande perigo ao procurarmos experiências espirituais de engrandecimento próprio. Somos tentados a dar testemunho acerca da libertação do pecado, de uma oração respondida, ou de qualquer outra experiência da graça de Deus de um modo que nos traga satisfação a nós mesmos, em vez de darmos honra a Deus. A Sua graça deve ser realmente louvada, mas não ostentada como sinal do nosso mérito.

E só para você perceber como cada aspecto dessa oração deve ser meditado, preste atenção neste outro perigo: “O desejo de ser consultado”. A nossa experiência e conhecimento tornam-se entraves quando esperamos que os outros condescendam conosco e reconheçam a nossa sabedoria. Não nos darem importância é particularmente doloroso quando nosso conselho parece estar tão nitidamente certo. Mas esta é outra forma de nos servirmos a nós mesmos, uma vez que podemos confiar que Deus aplicará o nosso conselho se ele for necessário para a Sua Glória.

A última frase da oração é revolucionária: “Que outros possam tornar-se mais santos do que eu, contanto que eu me torne tão santo quanto devo ser”. Há sempre o perigo de os cristãos terem tal fome da realidade espiritual, que passem por cima das outras pessoas nessa sua busca por ela. A vida cristã não é uma competição com outros. Temos um alvo comum e crescemos juntos na força e na graça do corpo de crentes. Temos de beber todos juntos na Fonte da Água Viva.

Deus te abençoe!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

PARE DE OLHAR PARA O QUE NÃO DÁ CERTO NA SUA VIDA!

Uma das coisas que mais me aflige todos os dias é ver que as pessoas param tão pouco tempo para agradecer pelas bênçãos que Deus tem lhes concedido, e praticamente param de viver a sua vida diante de cada novo obstáculo que não conseguem superar ou que Deus não remove de imediato.

Quero lhes contar a história de um homem que se tornou redator de um dos maiores jornais do Canadá. Não lembro o nome dele, mas sua história é real e muito inspiradora.

Ele nasceu com a perna direita defeituosa; era murcha e atrofiada, e não suportava qualquer peso. Por isso, desde a infância ele usava um aparelho ortopédico na perna defeituosa.

Quando era muito pequeno isso não o incomodava muito, mas, à medida que crescia, percebeu que com a perna assim não poderia subir em árvores, e isso lhe fez pensar que jamais poderia subir a escada da vida. Começou então a criar um sentimento de que era diferente – uma sensação de limitação, rejeição e inferioridade. Esta angústia se aprofundou em sua mente e ele ficava remoendo o fato, tornando-se triste e rancoroso a respeito de si mesmo.

Um dia seu pai lhe disse: “Filho, não se preocupe com a perna.” E contou ao filho que numa das igrejas da cidade havia uma grande pilha de muletas e aparelhos ortopédicos deixados por pessoas que foram à igreja com doenças e defeitos e ficaram curadas.

Então disse ao filho: “Algum dia vou levá-lo lá, quando achar que você amadureceu o suficiente para poder acreditar; depois vamos orar e pedir ao Senhor para curar você, então vai poder deixar o aparelho no altar.”

O menino ficou impressionado!

O grande dia chegou. Vestidos com suas melhores roupas, pai e filho entraram finalmente naquela igreja. Raios de Sol jorravam através dos vitrais altos. Música suave de órgão ecoava pelas naves e arcadas. O menino olhava à sua volta maravilhado. Quando chegaram ao altar, o pai lhe disse: “Filho, ajoelhe-se e ore; peça ao Senhor para curá-lo.”

O menino orou com muita sinceridade; orou com fé e pediu ao Senhor que o curasse. Sentia uma sensação de paz.

Depois, elevou os olhos e encarou o pai. Sempre o amara e vira seu rosto sob várias circunstâncias diferentes. “Mas sempre”, disse ele mais tarde, “hei de me lembrar da beleza sublime que se mostrava no seu rosto de meu pai naquele momento. Havia lágrimas em seus olhos e brilhando através delas estava a fé alegre, exaltada, do que crê de verdade.”

Profundamente agitado, o menino se levantou. Mas quando olhou para baixo lá estava a perna defeituosa, a mesma coisa de sempre. Muito deprimido e desapontado, começou a descer a nave da igreja com o pai, o velho aparelho ortopédico batendo na perna como de costume.

Então, à medida que se aproximavam da porta imensa da igreja, aconteceu uma coisa incrível. Ele mesmo contou mais tarde:

“Senti que algo me aquecia extraordinariamente o coração. Parecia que sentia algo como uma mão imensa passando por minha cabeça. Posso sentir até hoje a leveza e a força Daquele toque. De repente, estava muito feliz. Gritei: ‘Papai! Você tem razão! Fiquei curado! Fiquei curado! ’.”

Ele explica assim o que aconteceu: “Jovem como era, sabia o que acontecera. Deus não me livrara do aparelho da perna, mas finalmente tirara a venda dos meus olhos.”

Desde aquele dia, a perna defeituosa não conseguiu tirar o ânimo daquele menino, que cresceu cheio de fé e confiança, e prosseguiu até atingir uma excelente carreira, com ânimo em todas as circunstâncias.

Pare de olhar para cada pedra que aparece no seu caminho como se fosse uma montanha intransponível. Pare de transformar tudo que te acontece de mal em um empecilho para não continuar seguindo em frente.

Pare você também de uma vez por todas de olhar só para o que não dá certo na sua vida! Olhe para o que você tem e prossiga com confiança lutando para alcançar seus objetivos.

Encha seu coração de fé em Deus e de esperança, e cante a canção que o rei Davi cantou:

“Porque fazes resplandecer a minha lâmpada; o Senhor, meu Deus, derrama luz nas minhas trevas. Pois contigo desbarato exércitos, com o meu Deus salto muralhas. O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam. Pois quem é Deus, senão o Senhor? E quem é rochedo, senão o nosso Deus?”
Salmos 18:28-31

Deus te abençoe!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Amigo é coisa pra se guardar...

Um filho pergunta à mãe:
- Mãe, posso ir ao hospital ver meu amigo? Ele está doente!
- Claro, mas o que ele tem?
O filho, com a cabeça baixa, diz:
- Tumor no cérebro.
A mãe, furiosa, diz:
-E você quer ir lá para quê? Vê-lo morrer?
O filho lhe dá as costas e vai...
Horas depois ele volta vermelho de tanto chorar, dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente!
A mãe, com raiva:
- E agora?! Tá feliz?! Valeu a pena ter visto aquela cena?!
Uma última lágrima cai de seus olhos e, acompanhado de um sorriso, ele diz:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer:
' - EU TINHA CERTEZA QUE VOCÊ VINHA! '

Moral da história:

A amizade não se resume só em horas boas, alegrias e festas.
Amigo é para todas as horas, boas ou ruins, tristes ou alegres.
CONSERVEM SEUS AMIGOS (as)!
O VALOR QUE ELES TÊM NÃO TEM PREÇO...
VOCÊ VALE OURO!

domingo, 21 de novembro de 2010

“ATÉ DEUS JÁ GOSTOU DE MIM!”

"Eu não fui assim a vida inteira..." Foi esta a frase que ouvi ao parar pra dar atenção a um mendigo, no centro da cidade.

Por todo o dia fiquei pensando nas palavras daquele homem; atingiram-me.

- "Cê pode até duvidar, mas já teve gente que gostava de mim!" - Gritava ele a um metro e meio de distância.

- "Se bobear, 'irmão', até Deus já gostou de mim, eu já prestei, eu já tive casa e tudo, emprego bom tive uns cinco e amigo era pra todo lado, cê tem que ver a lindeza da princesa que deixei em casa!”.

Ele me mostra uma foto amarrotada surge nas mãos encardidas, um bebê.

Fiquei calado esperando o fim do dolorido discurso. Transtornado pelo álcool e por drogas as chances de uma conversa decente eram nulas; entreguei-lhe uma cédula de cinco reais sem ao menos “tecer algumas recomendações” que nós ‘cristãos’ temos o péssimo hábito de fazer; não obstante, meu pensamento saiu dali encharcado com as imagens que as palavras daquele mendigo fizeram brotar.

“Eu não fui assim a vida inteira, eu já prestei...”. Pensei comigo mesmo: “É, eu também não!”.

Andei desconfortável por vários quarteirões; pregaria em instantes e todo o meu entusiasmo se desvanecera; deprimi. Sem vontade pra nada, além da vontade de chorar.

Como é triste encontrar gente assim! Gente que de uma hora pra outra abre os olhos e descobre que o seu passado virou fumaça e o seu presente é o resumo do caos; lixo e roupas sujas e comida velha e moedas de pequeno valor e pontas de cigarro e cachaça ruim e cheiro de urina e gente limpa que se desvia e gente limpa que lança moedas de pequeno valor. Nenhum valor.

Esqueci-me do sermão e do compromisso na igreja onde iria pregar e percebi o universo rasteiro que me rodeia e que muitas vezes nem noto; mendigos pra todo lado.

Aspirei e senti o cheiro característico e até pouco tempo comum, cheiro de gente de rua. Gente assim.

As vezes tenho a sensação desagradável de estar fazendo as coisas pela metade, fazendo de um jeito que não acaba bem; as pessoas saem dos centros de recuperação e nem mesmo estréiam seus documentos novos e suas vidas novas e já estão de volta; um olhar inexpressivo e uma história repetida; sobrou isso.

Identifico isso tudo nas conversas do reincidente, aquele que saiu do centro de recuperação onde ficou meses e meses sem drogas, sem álcool, sem roubar, e com sorte ouviu sobre o amor de Deus, até mesmo, com muita sorte experimentou esse amor; agora é ele e a rua e o placar já começa contrário.

Quando não encontra acolhida em casa, nem na igreja, sequer trabalho arruma, vai rondar e rodear velhos companheiros, velhos lugares e sente-se confortável, aceito e seguro; por um tempo é assim.

Ser ex é sempre um drama, não é mesmo?

Quando a sensação de conforto se torna inquietação, a aceitação vira cobrança e a segurança não é mais tão segura assim, volta para o centro de recuperação, único lugar seguro e familiar e onde ele sabe que mesmo que por um pouco de tempo será cuidado e amado, mais um pouco. Amado.

A conversa daquele moço me trouxe essa questão e agora só penso nisso: O que a Igreja... digo... EU E VOCÊ... temos feito a respeito de gente assim?

Deus te abençoe!

Sérgio Müller

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A VIDEIRA E AS ESTAÇÕES

Bom dia!

Certa vez Jesus caminhando, provavelmente próximo ao jardim do Getsêmani, levou os seus discípulos a uma vinha, onde passou a lhes ensinar várias lições, dentre as quais gostaria de destacar uma em especial.

“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.” (João 15:1-8)

A videira é uma planta produtiva; uma única videira produz muitas uvas. No Antigo Testamento as uvas simbolizavam a fertilidade de Israel na realização da obra de Deus na terra. Assim também o Pai deseja que todos nós, ligados a Videira Verdadeira que é Cristo, possamos dar muitos frutos.

Mas existe uma coisa que todos nós precisamos aprender. Sem a mudança das estações, as videiras jamais produziriam frutos. Cada estação fornece algo de que a videira necessita para o seu crescimento contínuo. A primavera traz as chuvas e os dias brandos para gentilmente estimular o crescimento que só chegará à completa maturidade no vibrante calor do verão. O outono é o tempo da colheita, e o inverno traz à videira o repouso, que é muito necessário, bem como uma nova etapa em sua existência. Sem este repouso, a videira não seria suficientemente forte para enfrentar novamente o ciclo para a próxima colheita.

“Enquanto durar a terra, plantio e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite jamais cessarão.” (Gênesis 8:22)

As estações, que estão em mudança constante, também determinam as tarefas do lavrador da vinha. Se ele tentar colher uvas na primavera, somente encontrará os pequenos frutos de uma colheita por vir. Se tentar podar no verão, destruirá a vinha que está compromissado a cuidar.

Precisamos aprender que existem estações na vinha do Pai. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3:1).

Deus trabalha conosco em épocas diferentes, de diferentes maneiras.

Algumas vezes parece que a nossa vida até borbulha de tanta alegria; para onde quer que nos voltemos, vemos a mão de Deus se movendo. Em outras épocas, as necessidades nos apertam de todos os lados. Então, encontramo-nos muito mais freqüentemente nos arrependendo do que nos regozijando.

Se não compreendermos que Deus trabalha em estações, cometeremos o engano de assumir que os momentos de euforia representam o que o Cristianismo deve constantemente ser, e que qualquer coisa menos do que isto é uma fonte de contínua condenação.

Sem a mudança das estações, as vinhas jamais seriam frutíferas. Do mesmo modo, o nosso crescimento espiritual depende de um “clima mutável” – estações, quando de fato o trabalho de Deus para a nossa vida é feito sob medida, de acordo com as nossas circunstâncias pessoais.

As estações são planejadas por Deus, enquanto Ele alimenta as nossas vidas em direção à frutificação. Estações que trazem um equilíbrio saudável de alegria e desafio, de diligentes esforços e repouso renovador.

Nós devemos aprender não apenas a abraçar a estação em que nos encontramos, a nos regozijar nos seus dons e enfrentar os seus desafios, mas também saber que em breve poderá vir novamente uma troca de estações.

Salomão continuou dizendo em Eclesiastes: “há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.” (Eclesiastes 3:12-8).

O ciclo do cuidado de Deus é sempre digno de confiança. Mesmo quando não possamos vê-lo, Ele está trabalhando pra trazer frutos à nossa vida. A chave para permanecer na Videira é procurar compreender a maneira como Deus está trabalhando em nossa vida em qualquer que seja a estação pela qual estejamos passando.

E lembre-se: A vinha é de Deus. Ele determina as estações de nossa vida – quando podar, quando alimentar ou quando colher. Somos as varas em sua videira, privilegiados para crescer, desabrochar e dar frutos – para seguir o Seu plano perfeito através de todas as estações da nossa vida.

Deus te abençoe!

BENDITA OU MALDITA LÍNGUA?

Hoje quero falar com você sobre um mal que assola todos nós: a nossa própria língua!

E se você me disser que não tem problemas com a sua língua, parabéns! Você já chegou à perfeição, pois Tiago diz assim em sua epístola: “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo” (Tiago 3:2).

Quem ler somente esse versículo poderá querer corrigir os problemas no lugar errado. Mas quem continuar a leitura até o verso 12, descobrirá que a raiz do problema está no coração.

Quantas pessoas andam pela vida feridas, machucadas, desiludidas e ofendidas por uma simples palavra e a pessoa que a pronunciou nem sequer sabe disso.

Em alguns casos a palavra ferina, sarcástica, ofensiva, já se tornou um estilo de vida; nem percebemos, às vezes, que nossas palavras, como flechas acessas e envenenadas vão levando dor e tristeza aos nossos semelhantes. Leia outra vez o que diz Tiago:

“Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno. Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano; a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero. Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce.”
Tiago 3:6-12

Existem muitos tipos de desculpas que inventamos para continuar usando a palavra dura. Algumas são:

- “Sempre digo a verdade”.
- “Sou muito franco”.
- “Comigo não existem meias palavras”.
- “Sou sincero”.
- “Eu não ando com rodeios, o que tenho de dizer, eu digo”.

Quem diz que a verdade e a honestidade machucam ou ferem alguém? As pessoas não são feridas pela verdade nem pela sinceridade, mas pela maneira com que essa “verdade” é dita.

“O que guarda a boca e a língua guarda das angústias a sua alma.”
Provérbios 21:23

Veja alguns outros princípios que valem a pena considerar:

Use palavras com economia. Quanto mais você fala, maior o risco de dizer algo que o fará arrepender-se. Seja cauteloso com o que fala e a forma como fala. “Quando são muitas as palavras, o pecado está presente, mas quem controla a língua é sensato” (Provérbios 10:19 NVI).

Use palavras para curar, não para ferir. O que falamos pode cortar com a precisão cirúrgica de um bisturi. Nossa intenção não deveria ser ferir, e sim produzir ações corretivas e, se necessário, curar relacionamentos. “Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura” (Provérbios 12:18).

Use palavras com discernimento. Para realizar nosso propósito é melhor expressarmos nossos pensamentos da maneira mais apropriada para atingir a audiência que visamos. “O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um” (Colossenses 4.6).

Como controlar a língua sem controlar o coração? E como controlar o coração sem permitir que Jesus habite nele? Não podem existir dois controles!

Se você percebe que tem dificuldades com a língua, falando coisas certas nos momentos inoportunos, ou falando inverdades pelo gosto de falar, ou dizendo boas coisas de maneira errada, e você sente que essa atitude lhe trouxe muitos problemas na vida, acredite, o segredo não é fechar os olhos e contar até dez antes de falar. Esse método é humano e os métodos humanos só curam por fora. O verdadeiro remédio é ir a Jesus e viver com Ele uma vida de comunhão permanente.

E só mais uma coisa: Da próxima vez que estiver prestes a reclamar ou criticar, faça uso de cortesia e de tato, não importando quais sejam seus sentimentos sobre a questão. Os resultados certamente serão mais agradáveis.

Deus te abençoe!