terça-feira, 12 de outubro de 2010

A VIDEIRA E AS ESTAÇÕES

Bom dia!

Certa vez Jesus caminhando, provavelmente próximo ao jardim do Getsêmani, levou os seus discípulos a uma vinha, onde passou a lhes ensinar várias lições, dentre as quais gostaria de destacar uma em especial.

“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.” (João 15:1-8)

A videira é uma planta produtiva; uma única videira produz muitas uvas. No Antigo Testamento as uvas simbolizavam a fertilidade de Israel na realização da obra de Deus na terra. Assim também o Pai deseja que todos nós, ligados a Videira Verdadeira que é Cristo, possamos dar muitos frutos.

Mas existe uma coisa que todos nós precisamos aprender. Sem a mudança das estações, as videiras jamais produziriam frutos. Cada estação fornece algo de que a videira necessita para o seu crescimento contínuo. A primavera traz as chuvas e os dias brandos para gentilmente estimular o crescimento que só chegará à completa maturidade no vibrante calor do verão. O outono é o tempo da colheita, e o inverno traz à videira o repouso, que é muito necessário, bem como uma nova etapa em sua existência. Sem este repouso, a videira não seria suficientemente forte para enfrentar novamente o ciclo para a próxima colheita.

“Enquanto durar a terra, plantio e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite jamais cessarão.” (Gênesis 8:22)

As estações, que estão em mudança constante, também determinam as tarefas do lavrador da vinha. Se ele tentar colher uvas na primavera, somente encontrará os pequenos frutos de uma colheita por vir. Se tentar podar no verão, destruirá a vinha que está compromissado a cuidar.

Precisamos aprender que existem estações na vinha do Pai. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3:1).

Deus trabalha conosco em épocas diferentes, de diferentes maneiras.

Algumas vezes parece que a nossa vida até borbulha de tanta alegria; para onde quer que nos voltemos, vemos a mão de Deus se movendo. Em outras épocas, as necessidades nos apertam de todos os lados. Então, encontramo-nos muito mais freqüentemente nos arrependendo do que nos regozijando.

Se não compreendermos que Deus trabalha em estações, cometeremos o engano de assumir que os momentos de euforia representam o que o Cristianismo deve constantemente ser, e que qualquer coisa menos do que isto é uma fonte de contínua condenação.

Sem a mudança das estações, as vinhas jamais seriam frutíferas. Do mesmo modo, o nosso crescimento espiritual depende de um “clima mutável” – estações, quando de fato o trabalho de Deus para a nossa vida é feito sob medida, de acordo com as nossas circunstâncias pessoais.

As estações são planejadas por Deus, enquanto Ele alimenta as nossas vidas em direção à frutificação. Estações que trazem um equilíbrio saudável de alegria e desafio, de diligentes esforços e repouso renovador.

Nós devemos aprender não apenas a abraçar a estação em que nos encontramos, a nos regozijar nos seus dons e enfrentar os seus desafios, mas também saber que em breve poderá vir novamente uma troca de estações.

Salomão continuou dizendo em Eclesiastes: “há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.” (Eclesiastes 3:12-8).

O ciclo do cuidado de Deus é sempre digno de confiança. Mesmo quando não possamos vê-lo, Ele está trabalhando pra trazer frutos à nossa vida. A chave para permanecer na Videira é procurar compreender a maneira como Deus está trabalhando em nossa vida em qualquer que seja a estação pela qual estejamos passando.

E lembre-se: A vinha é de Deus. Ele determina as estações de nossa vida – quando podar, quando alimentar ou quando colher. Somos as varas em sua videira, privilegiados para crescer, desabrochar e dar frutos – para seguir o Seu plano perfeito através de todas as estações da nossa vida.

Deus te abençoe!

BENDITA OU MALDITA LÍNGUA?

Hoje quero falar com você sobre um mal que assola todos nós: a nossa própria língua!

E se você me disser que não tem problemas com a sua língua, parabéns! Você já chegou à perfeição, pois Tiago diz assim em sua epístola: “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo” (Tiago 3:2).

Quem ler somente esse versículo poderá querer corrigir os problemas no lugar errado. Mas quem continuar a leitura até o verso 12, descobrirá que a raiz do problema está no coração.

Quantas pessoas andam pela vida feridas, machucadas, desiludidas e ofendidas por uma simples palavra e a pessoa que a pronunciou nem sequer sabe disso.

Em alguns casos a palavra ferina, sarcástica, ofensiva, já se tornou um estilo de vida; nem percebemos, às vezes, que nossas palavras, como flechas acessas e envenenadas vão levando dor e tristeza aos nossos semelhantes. Leia outra vez o que diz Tiago:

“Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno. Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano; a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero. Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce.”
Tiago 3:6-12

Existem muitos tipos de desculpas que inventamos para continuar usando a palavra dura. Algumas são:

- “Sempre digo a verdade”.
- “Sou muito franco”.
- “Comigo não existem meias palavras”.
- “Sou sincero”.
- “Eu não ando com rodeios, o que tenho de dizer, eu digo”.

Quem diz que a verdade e a honestidade machucam ou ferem alguém? As pessoas não são feridas pela verdade nem pela sinceridade, mas pela maneira com que essa “verdade” é dita.

“O que guarda a boca e a língua guarda das angústias a sua alma.”
Provérbios 21:23

Veja alguns outros princípios que valem a pena considerar:

Use palavras com economia. Quanto mais você fala, maior o risco de dizer algo que o fará arrepender-se. Seja cauteloso com o que fala e a forma como fala. “Quando são muitas as palavras, o pecado está presente, mas quem controla a língua é sensato” (Provérbios 10:19 NVI).

Use palavras para curar, não para ferir. O que falamos pode cortar com a precisão cirúrgica de um bisturi. Nossa intenção não deveria ser ferir, e sim produzir ações corretivas e, se necessário, curar relacionamentos. “Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura” (Provérbios 12:18).

Use palavras com discernimento. Para realizar nosso propósito é melhor expressarmos nossos pensamentos da maneira mais apropriada para atingir a audiência que visamos. “O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um” (Colossenses 4.6).

Como controlar a língua sem controlar o coração? E como controlar o coração sem permitir que Jesus habite nele? Não podem existir dois controles!

Se você percebe que tem dificuldades com a língua, falando coisas certas nos momentos inoportunos, ou falando inverdades pelo gosto de falar, ou dizendo boas coisas de maneira errada, e você sente que essa atitude lhe trouxe muitos problemas na vida, acredite, o segredo não é fechar os olhos e contar até dez antes de falar. Esse método é humano e os métodos humanos só curam por fora. O verdadeiro remédio é ir a Jesus e viver com Ele uma vida de comunhão permanente.

E só mais uma coisa: Da próxima vez que estiver prestes a reclamar ou criticar, faça uso de cortesia e de tato, não importando quais sejam seus sentimentos sobre a questão. Os resultados certamente serão mais agradáveis.

Deus te abençoe!